Bem, em tradução literal, brainstorm seria uma tempestade de cérebros
[eca!], mas na verdade significa tempestade de ideias! No sentido
figurado, claro.
Antes de mais nada, não confunda com o painel semântico! Aquele que é apenas um painel de referências visuais. Aqui estamos falando de ideias para colocar em prática em grupo, portanto a abordagem é consideravelmente diferente.
Essa ferramenta é regularmente utilizada em equipes criativas, geralmente agências de publicidade e design, no entanto é útil em diversos outros segmentos, como na fabricação digital e na educação.
Usamos o brainstorm para colocar para fora as ideias que estão desorganizadas ou guardadas em nossa cabeça e tê-las a disposição para solucionar algum problema.
No texto anterior (Sobre calendários e design centrado no usuário) eu comentei que as professoras determinaram quais mudanças seriam realizadas para que o calendário do fab lab se tornasse adequado ao uso pedagógico, certo? Pois bem, para chegarmos em um resultado simples e eficaz, tivemos antes muitas ideias, algumas bem mirabolantes, inclusive!
E como fazer isso?
Para expressar melhor essas ideias, podemos reservar uma cartolina, canetas, notas adesivas, revistas, jornais etc, mas calma, isso ainda não é fazer um brainstorm.
O primeiro passo é entender o problema a ser solucionado:
É uma informação que não está clara? A usabilidade está prejudicada? O comportamento esperado do usuário não ocorre? Enfim, há uma infinidade de perguntas que podem ser realizadas, e muitas vezes, fazer boas perguntas é mais importante do que responde qualquer uma.
O segundo passo é primordial para que o brainstorm seja efetivo: um acordo sincero no qual a equipe se disponha a ouvir e aceitar qualquer ideia maluca sem julgamento. Esse acordo é importante para liberar a criatividade de cada pessoa e com isso, tornar a atividade mais fluida.
E então é hora de expressar as ideias para solucionar aquele problema, seja com palavras, desenhos, imagens, dobraduras ou qualquer outra forma acessível de descrever seus pensamentos.
Ao concluir a etapa anterior, cada pessoa poderá explicar e fundamentar suas ideias para que todos compreendam seu raciocínio e absorvam o que consideram útil.
Com toda a equipe inundada de soluções, sejam elas modestas ou arrojadas, chega o momento de votar em quais serão experimentadas ou prototipadas… Inclusive, falarei sobre protótipos em um próximo texto.
É muito legal fazer um brainstorm em equipe, pois nossa história, nossa personalidade e nosso olhar nunca é igual ao de outras pessoas, isso enriquece sensivelmente o processo criativo de um grupo.
Minha última dica é sobre uma ferramenta que o Google disponibiliza gratuitamente para a realização de brainstorms digitais e colaborativos, o Jamboard. A imagem acima é de um brainstorm real, realizado pelo o Coletivo Tangram, uma equipe bem criativa e engajada que conheci recentemente 🙂
E aí, ficou mais fácil entender e aplicar essa prática com a sua equipe?