Maquinando Ideias

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A simplicidade e a complexidade necessitam uma da outra

Não tão recente, nos deparamos com muitas propagandas mostrando produtos, serviços e métodos que prometem simplificar nossa vida: Um curso que só precisa de 15 minutos de dedicação diária para se tornar expert em determinado assunto, um eletrodoméstico que promete mais facilidade no preparo de alimentos, um aplicativo que lhe permite fazer compras sem sair de casa…

Provavelmente todos esses exemplos são conhecidos, pois somos bombardeados constantemente pela promessa da simplificação da vida. Eu mesmo já fui fisgado pelo menos uma vez nisso.

Por que a ideia de simplicidade chama tanto a nossa atenção?

Temos uma vida urbana bastante conturbada, são tarefas domésticas, do trabalho, projetos pessoais, hobbies, relacionamentos familiares e amorosos, imprevistos, ufa… fica difícil dar conta de tudo, não é mesmo? A complexidade do cotidiano muitas vezes nos pressiona, nos fadiga. Com isso desejamos mais simplicidade, que nesse caso significa tornar as tarefas mais fáceis e assertivas.

No texto anterior, falei sobre tornar a experiência do aprendizado mais simples, para uma oficina que geralmente é complexa. Essa é uma prática comum quando percebemos particularidades e dificuldades de indivíduos e grupos.

A questão é: se todas as nossas atividades se tornarem completamente fáceis e óbvias, ficaremos satisfeitos?

Me parece que não, talvez com isso sairemos do estresse e chegaremos à monotonia. Precisamos de uma alternância entre silêncio e som, claro e escuro, quente e frio… Também necessitamos dessa alternância de momentos de fluidez (simplicidade) e desafio (complexidade) no aprendizado.

Em ‘As Leis da Simplicidade’ John Maeda faz a seguinte reflexão:

“Sem o contraponto da complexidade, não somos capazes de reconhecer a simplicidades quando a vemos”

Imagine jogar um jogo muito fácil do início ao fim (como o inesquecível 7×1 da Alemanha), que chato seria, não? No aprendizado a dificuldade é bastante útil para que o processo se torne mais interessante, desde que bem dosada, claro.

O mais interessante dessa discussão é que sempre teremos o que simplificar, pois a sociedade evolui, os produtos e serviços evoluem, a tecnologia evolui e tudo que é novo pode ser simplificado.

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