Maquinando Ideias

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A vulnerabilidade no processo de criativo

Vou confessar que enrolei para escrever este texto kkk, ele é sobre um tema que eu queria falar a algum tempo, mas que me deixa um pouco desconfortável: a vulnerabilidade, porém justamente pelo meu desconforto que resolvi falar do assunto, porque não sou a única a me sentir assim e precisamos falar mais sobre ele, porque como diz Brené Brown não existe criatividade sem vulnerabilidade.

Vivemos em um mundo com padrões de sucesso muito difíceis de serem atingidos e uma exposição constante a vidas perfeitas nas redes sociais, tudo isso junto vem causando diversos problemas para nossa saúde mental como: exaustão (burnout), ansiedade, depressão, entre outros.

A autora Brené Brown aborda justamente este tema que tentamos muito evitar: a vulnerabilidade. Somos cobrados tanto pela sociedade em que vivemos, mas principalmente por nós mesmos a perfeição, não podemos errar ou demonstrar fragilidade, isso é considerado sinal de fraqueza.

Atenção a detalhes e um padrão de qualidade são coisas boas no trabalho ou em projetos paralelos, mas não quando se tornam uma obsessão, não quando nos impedem de criar e compartilhar nossos pensamentos com o mundo por medo da rejeição, do fracasso e da imperfeição.

“Paralisia da vida refere-se a todas as oportunidades que perdemos porque temos medo de mostrar para o mundo algo que possa estar imperfeito. Também está relacionada a todos os sonhos que não perseguimos devido ao nosso profundo medo de fracassar, cometer erros e desapontar os outros. (A arte da imperfeição , Brené Brown)

Photo by Jr Korpa on Unsplash

O escritor William Plomer descreveu a criatividade como “o poder de conectar o que parece estar desconectado”. Quando fazemos um projeto autoral colocamos uma parte de nós mesmos ali naquela conexão de ideias e por isso compartilhar esta criação com outras pessoas é assustador.

Estamos nos abrindo para que outras pessoas vejam um trabalho que pode estar imperfeito, uma posição de vulnerabilidade que nos deixa desconfortáveis, mas que devemos nos colocar com mais frequência, porque a alternativa é muito pior, é apenas deixar isso escondido dentro de nós.

“Se queremos viver e amar com todo o nosso coração, e se queremos nos relacionar com o mundo a partir de uma afirmação de valor, temos que falar das coisas que nos atrapalham, especialmente vergonha, medo e vulnerabilidade”. (A arte da imperfeição , Brené Brown)

Imagem 3: Neflix O poder da Coragem

Gosto muito do conteúdo da Brené, para fazer este texto eu li um de seus livros o Arte da Imperfeição e vi seu filme da Netflix “O poder da coragem”, no filme ela cita uma frase que a inspirou a ter coragem de falar mais sobre vulnerabilidade do jeito que ela sempre quis:

“Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está por inteiro na arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar, ao menos fracassa ousando grandemente”. (Theodore Roosevelt)

Existem muitas reflexões que podemos fazer sobre o tema de vulnerabilidade a partir do que a Brené fala, mas uma das coisas que fica clara para todos é que não existe coragem sem vulnerabilidade, que ao entrar na “arena da vida” estamos nos arriscando e que vamos fracassar no caminho, mas a alternativa é viver sempre com medo, o que é muito pior.

Destaquei quatro pensamentos rápidos que tive a partir de todo esse tema:

1. Pedir e aceitar ajuda quando preciso

“Uma das maiores barreiras à conexão é a importância cultural que depositamos em “conseguir sozinho”. De alguma forma começamos a identificar sucesso como não depender de ninguém. Muitos de nós estamos dispostos a ajudar os outros, mas relutamos em aceitar ajuda quando precisamos.” (A arte da imperfeição, Brené Brown)

Essa é uma lição que tento aplicar sempre, as vezes pode ser difícil, mas quanto mais peço ajuda mais confortável fico ao me abrir para novos aprendizados, vivências e conexões.

2. O perfeito não existe

Gosto muito do trabalho do Tiago do Tira do Papel, ele fala muito de criação e marketing digital mais empático, valorizando nossa saúde mental. Fiz o seu curso Vambora? Comece a criar conteúdo sem autossabotagem, uma das aulas era sobre perfeccionismo e ele disse uma coisa simples, mas muito verdadeira:

“O perfeito não existe, temos que tentar progredir, não ficar aperfeiçoando o projeto eternamente”

3. A vulnerabilidade não existe sem limites

Ser mais vulnerável não quer dizer compartilhar todos os detalhes da sua vida com o mundo ou nas redes sociais, mas sim estar disposto a compartilhar partes de você aos poucos com pessoas que você confia.

E quando se trata da área profissional significa mostrar seu trabalho, mesmo podendo receber críticas, é se conectar com outras pessoas e expor um pouco de você naquele projeto.

4. Seja gentil com você mesmo

Uma vez vi a entrevista de um ator que gosto bastante e ele disse essa frase que não esqueço, apesar de ter que repeti-la para mim mesma naqueles dias difíceis, que é “be kind with yourself” ou no português “seja gentil com você mesma(o)”, adoro a frase porque ela se aplica a diversos aspectos da nossa vida, afinal sempre somos nossos maiores julgadores, ela me lembra de me cobrar menos e me tratar com mais carinho.

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Fonte Imagem 3: ASSUMPÇÃO, Alessandra. Vulnerabilidade e lições de Brené Brown. Madame Conteúdo. Disponível em: <http://madameconteudo.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Bren%C3%A9-Brown.jpg>. Acesso em: 17 dez. 2020.

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