Hoje decidi falar sobre uma experiência legal que tive ao enquanto montava uma oficina de arcade (fliperama) com Raspberry Pi.
Antes de mais nada, saibam que contei com a ajuda dos amigos Gabriel e Cícero, que são mais experientes com tecnologia da informação e prepararam um ótimo treinamento sobre o assunto para toda a equipe do Fab Lab Livre SP, assim tive mais conhecimento e agilidade para realizar esse projeto.
E para quem não conhece, Raspberry Pi é um computador que tem o tamanho de um smartphone e carrega em si possibilidades interessantes como suas portas GPIO – General Purpose Input Output (Entradas e saídas de propósito geral). Apesar do nome estranho, não é nada complicado de entender, você pode conectar outros dispositivos, sensores e atuadores e configurá-los para o fim que sua criatividade permitir.
Bom, além desse elemento (portas GPIO), me deparei com várias situações e processos novos, como a forma diferente de instalação e armazenamento do sistema operacional, informações controversas na web, configurações de rede etc. Com tanta coisa nova ao mesmo tempo, fiquei bem confuso e sem saber por onde começar. Já passou por isso?
A Ana já falou sobre dividir as tarefas em partes menores em outro texto. Eu gosto disso também, inclusive para projetos, então separei o que eu deveria fazer como módulos para serem encaixados depois:
- Desenho da estrutura do arcade
- Corte e montagem da estrutura do arcade
- Instalação do sistema Retropie ou Recalbox
- Conexão e configuração de botões e manete nas portas GPIO
- Pesquisa de jogos
- Instalação de jogos
- Testar os jogos (melhor parte!)
Ao olhar para essa lista acima, tudo parece muito linear, não é? Na prática foi bem diferente, pois enquanto eu desenvolvia esse projeto, havia outras oficinas, atendimento, relatórios e claro, muitas crianças curiosas e ansiosas haha! Tudo isso fragmentavam meu tempo, portanto escolhi resolver toda a parte de instalação e lógica antes de montar.
Em momentos de estafa, saía um pouco do módulo “Configuração” e partia para o módulo “Desenho”, afinal ficar a semana toda quebrando a cabeça no mesmo problema, nos faz perder produtividade. Assim eu trocava de módulo sempre que necessário.
Dessa forma, cada parte do fliperama foi vista como um mini projeto que tem sua própria barrinha de progresso. Se algo der errado em uma dessas partes, na maioria dos casos os outros módulos não serão afetados. Assim foi mais tranquilo lidar com as frustrações como quando instalei o sistema errado e quando desenhei os furos muito próximos e apertados para os botões.
Essa maneira de executar um projeto nos ajuda a não ficar preso em um único problema, pois temos a chance de esfriar a cabeça e voltar renovados com mais frescor e quem sabe novas soluções.